domingo, 11 de dezembro de 2016

Correndo para viver, vivendo para correr!


Faz pouco tempo que descobri um novo amor na vida. Um amor que chegou e abalou meus conceitos sobre exercício físico. Sacudiu meus hormônios, meus neurônios, meus músculos e nervos. Me tirou da inércia e deslocou, além de meu corpo por diversos quilômetros, minha mente. 
Mas o que um texto que inicia assim pode ter de relação com os aprendizados do PEAd?  
Quando começamos a correr, ou quando iniciamos uma corrida, o primeiro pensamento que nos vem é "o que estou fazendo aqui, de novo?", "parece que não aprendo, que teimosia!" e um mais dramático "não vou conseguir". Com o tempo e com o aquecimento, a dificuldade inicial é superada e inicia-se uma fase de puro deleite. O vento que bate no corpo suado alegra até a alma mais resistente e o músculo aquecido responde com uma eficiência de dar gosto. Depois de um tempo o entusiasmo inicial diminui, conseqüência do cansaço físico. nessas horas o cérebro manda mensagens de "dá uma paradinha, que mal há?" ou então "chega, você já está cansada demais, para que isso?" Nessa hora é importante ocupar a mente, contar a freqüência respiratória, imaginar locais no caminho que deseja alcançar, focar em algum corredor que esteja à frente e tentar alcançar, etc.Com tantos exercícios mentais a dificuldade que estava tomando conta some e inicia uma nova fase: o entusiasmo do final. Vai chegando a quilometragem almejada e uma mensagem de "falta pouco, prossiga" faz qualquer falta de estímulo sumir. E assim completamos os treinos semanais, as quilometragens desejadas, as provas de rua e os desafios pessoais que travamos. Assim, o que parece um martírio para quem vê externamente, é na verdade, um processo de grandes benefícios para quem pratica.
Quando pensei em escrever este texto, pensei nas analogias que a corrida tem com minhas atividades como professora e como aluna. Sim, ser professora e acadêmica de Pedagogia mexe com os músculos e nervos também! É preciso muita força e nervos de aço para suportar os desafios que se apresentam!
Quando iniciamos mais um ano letivo ou um novo semestre, o pensamento de "o que estou fazendo aqui, de novo?" sempre surge. As expectativas nos trazem também ansiedade e pensamos que não gostamos do que está acontecendo, mas logo tudo muda. Os alunos são conhecidos, as disciplinas são desvendadas e logo compreendemos a razão de ali estarmos novamente: reclamamos, mas gostamos muito do que fazemos!
Não demora muito e as dificuldade surgem: falta de tempo, dificuldades das disciplinas, alunos indisciplinados ou com dificuldades, planejamentos que não conseguimos concluir, etc Com isso um desânimo nos assombra e precisamos ser fortes para superar e prosseguir. À medida que isso acontece, vamos nos aproximando dos nossos objetivos iniciais e o ânimo retorna. A proximidade do final, do aprendizado, da superação nos dá um empurrãozinho a mais para completar a nossa "corrida".
E assim, findamos os semestres e anos letivos: cansadas, exaustas, aparentemente desgostosas do que fazemos, mas na verdade temos uma satisfação que só quem trabalha com Educação compreende. Superar os limites internos e ver outros superando limites com nosso auxílio é prêmio dos mais valiosos. É primeiro lugar no pódio, é o "melhor tempo", é a corrida perfeita.
Enfim, neste semestre retomei minha atividade física. Com menos tempo ainda (pois agora tenho mais um bebê), preciso de mais organização para concluir minhas atividades, cumprir minha rotina de trabalho, conciliar minha vida pessoal e profissional. Algumas coisas andam "penduradas por aí, confesso, mas assim estão por necessidade ou por opção de priorizar outros momentos da vida. Espero ser justa neste balaço tempo/prioridade. O tempo corre e não volta. 
Boa corrida pra você também!




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