quinta-feira, 14 de julho de 2016

Acorda, menina!!!!

A Narrativa!
Fomos desafiadas a criar uma narrativa. Talvez uma adaptação para os dias atuais das narrativas que mais conhecemos: os contos de fadas. Quando pensei nesta questão a narrativa ficou mais clara, tornando-se uma atividade muito prazerosa de se fazer. Após estudar os elementos da narrativa (Fato, tempo, lugar, personagens, causa, modo, consequência), faltava decidir que tipo de adaptação faria. Escolhi A Bela Adormecida. Neste caso, A Bela Desconectada conta a história de uma jovem que acordou para a vida quando foi desconectada: seu celular, inutilizado não lhe escravizava mais como antes. Olhou a vida “aqui fora”. Uma história comum aos nossos dias, quando eu mesma tive um aparelho mergulhado e fiquei “fora do ar” por alguns dias. Então, com vocês, minha Narrativa!


A Bela Desconectada

Naquele dia típico, Bela acordou e fez tudo como costumeiramente estava acostumada: acordou, tomou café da manhã, arrumou-se para a escola, pegou o material escolar e, claro, seu celular. Não há, para Bela, como iniciar um dia sem seu celular. Afinal, o tal aparelho e suas funções carregam “a vida dela”. Tão importante como respirar, olhar o celular, de minuto em minuto é rotina nos minutos de Bela. De minuto em minuto...
Mas voltando àquele dia, chegou em sua escola, cumprimentou os colegas que já havia cumprimentado pelas redes sociais. Contou as novidades que já havia postado no Instagram. Parabenizou os aniversariantes que já haviam recebido os devidos parabéns no Facebook  e reforçou no Watsapp com o grupo de amigas, o quão chateada estava de ser mais um dia de escola e não um dia de férias.
Naquele dia quente as testas suavam, não pelo calor mas pelo pavor: haveria prova de matemática. Bela sempre diz que “quem não tem medo de matemática, bom sujeito não é”. E ela, obviamente, era uma sujeita de primeira qualidade, tinha verdadeiro pavor da matemática, da professora, do livro, da trigonometria, dos números, de tudo! Recebeu a prova e pôs-se a matutar sobre a folha. E os olhos vagavam por tudo aquilo, e davam uma volta pelas janelas da sala, e retornava para a folha. “Melhor me concentrar, a professora já está achando que estou colando”, pensou. Concentrou-se, pensou, pensou, pensou. Pensou tanto que dormiu.
Pois então, antes de seguir esta história, lhes conto que na noite anterior, ao tentar estudar para a prova, Bela ficou até tarde de olho no seu celular compartilhando dicas de estudo com o grupo de amigas. Mas sabemos que, se ao vivo a matemática já era dificultosa para Bela, imagina a distância. A conversa logo rumara para outros números mais interessantes: o planejamento da festa de formatura, um “causo” que aconteceu com um garoto da outra turma, uma reclamação porque faltava muito para as férias (sempre a mesma coisa), enfim. Fizeram de tudo, menos estudar matemática.
O cochilo rolava fluido, até sonhar, sonhou! Durou o tempo do período da prova e encerrou o sonho com o sinal! Despertara de seu belo sono em meio aos números e a folha em branco. O pânico tomou conta de bela que saiu correndo para o banheiro. Precisava despertar, lavar o rosto, acordar e...fazer xixi! Com o celular no bolso traseiro da calça jeans, não se deu conta que ao se preparar para a privada o “queridinho” dera um mergulho. Ploft. Ouviu e chorou. E, ao que dizem, parece que despertou para a vida!
Maria Marchand Dal Piva


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