Semana de muitas leituras. Em cada leitura aquela pontinha de projeção para nossa sala de aula, nosso cotidiano, nossas práticas. Voltando o olhar para como entendemos a teoria, se nos sustentamos nela ou se nada nos acrescenta.
Nas comparações entre empirismo, apriorismo e construtivismo, buscamos identificar as condutas que regem cada tipo de teoria. E na prática docente vejo que atuo com diferentes modelos, de acordo com o conteúdo trabalhado. Não sou sempre construtivista, tampouco os demais modelos. Me utilizo de todos recursos que disponho para oferecer aos alunos as "ferramentas" para que cheguem ao aprendizado. No entanto, por vezes, os conceitos precisam ser elucidados, explicados, "passados" aos alunos. Me contradigo, eu sei. Mas nestas oscilações de modos de agir busco tentar alcançar o objetivo da aprendizagem.
Lino Macedo não elimina a possibilidade de utilização do não-construtivismo na aprendizagem. O autor nos proporciona uma comparação direta e exemplificada entre o construtivismo e o não-construtivismo. Nos provoca ao pensarmos quando podemos utilizar um ou outro. Também destaca que as crianças estão submetidas, por vezes, a lares construtivistas e escolas "não construtivistas". Assim, são caracterizados como estudantes de "escolas fortes", conteudistas, e conseguem desenvolver sua capacidade de pensamento crítico e autonomia na construção do conhecimento. O problema é que há famílias que não conseguem dar todo o suporte das famílias "construtivistas" e estas crianças, tampouco desenvolvem seu conhecimento de maneira crítica e construtivista na escola (que ainda é não-construtivista).
MACEDO, Lino. O construtivismo e sua função educacional. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 18, n. 1, p. 25-31,jan./jun. 1993. https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/o-construtivismo-e-sua-funcao-educacional/
Nenhum comentário:
Postar um comentário