Nesta
data querida quero desejar muitas felicidades e muitos anos de vida aos
profissionais que atuam na Educação. Quase uma profissão de risco, atualmente,
pelas questões morais que desafiam nossa saúde mental, mas também pelas
questões financeiras. Ser professora neste país requer talento, vontade e
crença na possibilidade de mudar o futuro. Para ser professora não precisa dom,
não precisa vocação. Definitivamente, não se trata de um sacerdócio. Precisa
ter cérebro. E com este cérebro, ter vontade de aprender, para assim, poder
ensinar. E ter vontade, todos os dias, de se reconstruir, de se reinventar.
E já atuante em Educação, continuo estudando sobre
Educação. E sigo me questionando e me abalando com as questões que cercam nossa
prática. Como nossa formação segue estanque em um mundo que mudou demais para
seguirmos do jeito que sempre foi? Em como não estamos tão dispostos assim a
rever e ousar em métodos educacionais e formação de professores que sejam
condizentes com os humanos que temos hoje em sala de aula, com muitas outras questões
além do currículo que precisamos abordar.
"...em nosso tempo pouco se tem feito para
qualificar o professor à altura da complexidade que nos cerca. Há quatro
décadas, Anísio expressou sua sincera inquietação. No entanto, temos que dar
nossas mãos à palmatória da sua crítica mais veemente, e repetir: “ainda não
fizemos em educação o que deveria ser feito para preparar o homem para a época
a que foi arrastado...”; “na educação comum do homem comum os progressos são os
mais modestos” (SILVA 2018).
Ainda estamos presas, em um curso de graduação, ao
preenchimento de planejamentos detalhados que nortearão nossa prática mais do
que estabelecida.
Ainda
estamos presas aos domínios da classe dominante.
Ainda
estamos sujeitos aos mandos e desmandos de pessoas que pouco entendem de
Educação. Ainda estamos carentes de tantos recursos, desde recursos básicos até
os mais urgentes e tecnológicos.
Ainda
somos chamadas de doutrinadoras, contraventoras.
Sim, pouco temos para comemorar. Temos mais a chorar.
E o futuro não está sendo muito gentil com nossa profissão, parecendo que
estamos à beira de um colapso e geração de uma desigualdade maior ainda do que
a que já vivemos.
E, finalmente, hoje não deveria ser o Dia dos
Professores. Hoje é o DIA DAS PROFESSORAS. Somos maioria. E isso, deveria ser
importante, sim!
Referência
SILVA, Marco. De Anísio Teixeira à cibercultura:
desafios para a formação de professores ontem, hoje e amanhã. Boletim
Técnico do Senac, v. 29, n. 3, p. 30-41, 2018.
Nossa Maria! Sim! Dia das professoras! Somos maioria e não devemos deixar a "Peteca cair"! Importante as ponderações que fazes aqui para nós. As vezes, como alunas, não percebemos as intenções de nossas professoras Universitárias. O que mesmo querem nos ensinar? No que querem que a gente melhore? Elas também aprenderam uma metodologia e acreditam que nos propondo que façamos tais planejamentos e detalhamentos estaremos aprimorando algo. Será? Acho que é por aí que devemos considerar esse procedimento de nossas professoras. E para a Conclusão do Curso vamos levando, não é? Entendo completamente e compreendo que estás fazendo a tua parte. Registrando. Aqui é o canal que temos para nos colocar. E eu como Tutora acompanho vocês por aqui. Vou marcar lá na Tabela essa postagem como uma Postagem do Tipo Interpretativa. Ok? Segue escrevendo que vamos vencer o semestre, o eixo e essa fase. Abraço, Betynha (Tutora do PEAD2/UFRGS - VIII Eixo - Seminário Integrador).
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