Cresci estudando em escolas públicas. Nunca estudei em instituições privadas. Portanto, sei bem como se sentem os alunos quando os professores estão em greve. Compreendo a causa dos professores, compreendo a aflição das famílias diante da ausência de aulas, não entendo como esta situação, que se arrasta ha muito tempo, não muda. Não é por falta de luta, não é por falta de razões, tampouco por desmobilização da classe.
Creio que há um interesse maior em que esta situação não mude, que se perpetue, que se arraste, como um verme que nos assola e nos atrapalha. Como um peso que a categoria deva carregar consigo: falta de valorização e sucateamento das condições de trabalho!
Os professores do Estado, diante de salários parcelados em mínimas parcelas estão paralisados há um mês. Os professores municipais iniciam amanhã uma nova batalha contra o desgoverno do novo prefeito. Nas escolas, um clima interno que lembra hostilidade, cheira a desunião e reflete a nossa pouca força diante deste governo. Nas salas de aula, os alunos nos questionando se "pararemos", pois alguns professores não farão greve. Diante do ponto eletrônico e das ameaças de corte do ponto e desconto dos salários, os municipários estão cada vez mais intimidados. Diante dos pacotes de maldade do novo governo, estamos ameaçados de perder, inclusive, nosso plano de carreira e desvalorização salarial em torno de 30%.
Serei grevista, mesmo com toda essa situação caótica que ameaça se instalar. Serei lutadora, resistirei.
Aos meus alunos, peço que tenham atenção aos fatos e construam suas próprias opiniões sobre os estes, que não se deixem manipular.
Aos alunos, também, deixo a mensagem que "Professor lutando também está ensinando!"

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