É muito cansativo e desanimador quando temos nossos pés, corações e mentes em sala de aula e temos de lidar com opiniões de quem é alheio a toda essa nossa rotina.
Estar em sala de aula é estar na frente de batalha, lidando diretamente com as dificuldades da população que atendemos.
Vivemos, atualmente em Porto Alegre, uma situação que põe à prova nossa capacidade de resistência frente a ameaças e decretos que estabelecem alterações nas rotinas escolares. Essas alterações afetam diretamente um trabalho de construção de anos na rede municipal.
Ao mesmo tempo que resistimos, somos ameaçados com ataques constantes da nova administração. Temos a Comunidade ao nosso lado, mas temos uma forte propaganda que dissemina que nossa posição é egoísta e interessada em nosso próprio benefício.
Sabemos que este é apenas o princípio de um período muito dificultoso sob a administração de quem desvaloriza o público e defende o Estado mínimo. Que fala em democracia, mas tolhe nossa voz através de decretos e sindicâncias. Que não considera a história de uma rede construída com muitos estudos e experiências positivas e negativas, mas que sempre foi uma rede construída coletivamente, com diálogo e posicionamento dos professores: os que estão na linha de batalha.
Nossos pés nas salas de aula estarão lutando para que a sala de aula seja sempre um lugar de construção, que a escola seja um lugar de crescimento e que a sociedade seja um lugar democrático.
Olá Maria!!
ResponderExcluirNosso trabalho tem sido desvalorizado constantemente pelos governantes, é desestimulante e ao mesmo tempo precisamos de força para continuar o trabalho. Escreveu um ótimo texto descrevendo o momento este momento crítico na educação.
Att,
Tutora Rocheli