domingo, 15 de maio de 2016

Música: Para Que Te Quero?

     Tive, recentemente, a oportunidade de ver Ivan Lins no Auditório Araújo Viana cantando com a Orquestra de Câmara da ULBRA. Um espetáculo de música, personalidade e ideologia. Entre uma música e outra, uma breve conversa com o público e a reflexão do cantor sobre Música: "Temos que manter vivas as orquestras, preservá-las. Assim como lutamos para preservar as florestas, que tenhamos a percepção de preservar quem faz música de qualidade em nosso país. A música salva, dá vida. Onde há música, não há marginalidade" (lembrando aqui suas palavras). 
     Neste Novo Tempo, em que as lutas estão cada vez mais expostas e têm a chance (ainda) de serem lutadas, brigar e fazer acontecer a música na nossa Sociedade é uma utopia que já tem Lei, mas ainda tem pouca prática. O ensino de música nas escolas públicas e privadas do país, para todos os alunos da Educação Básica é, além de instrumento socializador e educacional, também uma importante ferramenta para que possamos entender melhor a vida!
     A partir de 2008, quando a Lei Federal nº 11.769 inclui um parágrafo 6º que torna conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, o ensino de música no componente curricular ensino de arte, previsto no § 2º do artigo 26 da LDB de 1996 . A questão a ser enfrentada, a partir desse momento é a da formação de professores especializados para o ensino de Música. Tarefa que levará algum tempo, muito mais que os três anos estabelecidos pela legislação, tendo em vista serem poucos os cursos de licenciatura em Música no Brasil (http://abemeducacaomusical.com.br/artsg2.asp?id=20). 
     Temos tantas batalhas para vencer na Educação: falta de recursos financeiros e humanos, desvalorização da educação e dos profissionais, descrédito na Educação pública, falta de oportunidade de qualificação e atualização dos profissionais atuantes, entre outras. Incluir o Ensino de música como obrigatoriedade, seria, mais uma batalha que teríamos de enfrentar. E, como todas as batalhas anteriores mencionadas, merecedora de todas nossas forças para que sua implementação seja efetiva. A ideia principal dos idealizadores que batalharam por essa proposta, não é a de formar músicos, mas trazer para o mundo da escola, a música. Dar noções básicas, leitura e escrita musical.  Facilitar o aprendizado; Formar cidadãos mais cultos e conscientes, capazes de valorizar e promover a diversidade cultural  brasileira, fortalecendo os laços comunitários. 
Neste Novo Tempo, (repito) quando ainda podemos lutar, uma batalha a mais na nossa formação de Pedagogia e nos cotidianos de nossas escolas.

Um comentário:

  1. Maria
    Com certeza no meio de tantas lutas, a conquista da educação musical estar efetiva na escola, pelas experiências penso que a música faz parte de nossos alunos, talvez tenham que ouvir outras melodias, outros estilos musicais, mas penso que devem ter a oportunidade de mostrarem seus estilos musicais, pois falam muito da realidade da periferia.
    Abraços Luciane

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