terça-feira, 7 de novembro de 2017

QUANDO NÃO SEI O QUE PENSAR

Recebi esta resenha de um livro infantil distribuído nas escolas de São Paulo. A autora, Silvana Rando foi premiada com a obra. Na resenha que podemos assistir no vídeo, Ana Paula Xongani critica duramente a obra e propõe que sejam tomadas ações a respeito do livro alertando que trata-se de uma obra preconceituosa, apelando que se dialogue com as Direções sobre as consequências da leitura do livro sobre a autoestima das crianças.
Fiz um exercício de pensamento refletindo sobre a leitura e, principalmente, sobre a problematização desta leitura. De fato, esta leitura se trabalhada simplesmente pela história, levantará questões de não aceitação nas crianças que se identifiquem com a personagem.
Não podemos deixar de lembrar que a aceitação das nossas características físicas está intimamente atrelada ao diálogo construído com nossos semelhantes, nossos professores, nossos amigos, as pessoas que nos cercam e reforçam que nossa aparência é secundária diante da nossa existência nestes círculos. Nesta linha de pensamento, construo que a leitura de Peppa seja muito propícia para este diálogo. Quando propomos uma leitura orientada e com propósitos de reflexões após a leitura, qualquer obra pode  tornar-se uma potente ferramenta contra o preconceito e discriminação. A autoestima seria um sentimento muito trabalhado nesta problematização, derrubando os conceitos de "cabelo ruim" que possam surgir na identificação do cabelo de Peppa.
Me preocupo com as questões que este livro esteja ressaltando quando não trabalhado de forma orientada. Me preocupo quando esta leitura seja ofertada sem reflexão, sem discussão, sem questionamento.


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