Na
minha vida escolar, como aluna, percebia claramente a diferença entre as
avaliações que eram oferecidas. Sentia quando estava sob avaliação global em um
contexto e equiparando minha evolução no processo. Sentia quando a prova era o
instrumento que garantiria a aprovação, a nota, o reconhecimento. Ironicamente,
gostava de ser avaliada dessa segunda forma, sentia mais segurança nos
resultados "obtidos" do que nos resultados "observados". A
questão emocional do momento avaliativo classificatório também era um ponto
bastante importante no meu desenvolvimento: sob tensão ou após forte
preparação, sentia a responsabilidade de fazer os resultados transparecerem.

Classifico
sim, muitas vezes. E medio, muitas vezes. E a avaliação é também utilizada como
uma forte "moeda" na sala de aula, onde a indisciplina e negligência
podem estar negativando o trabalho pedagógico.
E
neste processo de mediadora, em muitos momentos atuais, observo que os alunos
pedem o momento classificatório. Assim eu justifico a lembrança anterior de
meus tempos de aluna, em que gostava de ser classificada. E os tranquilizo
dizendo que neste processo todo venho observando os progressos e evoluções,
assim como os déficits pessoais de cada aluno. E que as provas (as tão temidas-
e requisitadas- provas) servem de instrumento para observar este processo. Que
os trabalhos servem de fonte para identificar os pontos onde devemos
reformular, retornar, reforçar. E que o sucesso/fracasso dos alunos é, também,
o meu!
A
avaliação é, assim, bilateral. Eu também estou sob processo avaliativo.
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