terça-feira, 13 de março de 2018

12/03/2018 FALA QUE EU TE ESCUTO

Cresci ouvindo algumas histórias sobre minhas primeiras palavras e as engraçadas trocas de letras que eu fazia. As musiquinhas infantis que eram cantadas com palavras inventadas ou imitadas, tornando-as mais encantadoras ainda. Nestas memórias, também identifico, domesticamente, os mesmos padrões em meus três filhos, cada um com suas particularidades. É encantador ver como as crianças desenvolvem sua linguagem, desde os primeiros balbucios dos bebês e seu imenso esforço em tentar imitar as falas, até a fase em que iniciam a elaboração de frases e contextualizar as ideias, organizar os pensamentos e transmitir os seus desejos, angústias e observações do mundo.
Na aula presencial de ontem, professora Ivany Souza Avila nos apresentou estes primeiros instantes de reflexão sobre o processo de aquisição da linguagem. 
Observo que a linguagem e seu desenvolvimento não se restringem somente a estes estágios iniciais da vida, mas prosseguem pela vida toda. Isso vejo na linguagem dos alunos, no modo de falar, na maturidade em desenvolver suas frases e pensamentos e aquisição de novas palavras que enriquecem toda sua comunicação. O desenvolvimento da linguagem é constante, oportuniza um aperfeiçoamento que amplia nossas possibilidades diante do mundo e dos outros.
Assim como aprender um novo idioma representa toda a reorganização mental para a comunicação. 
Inicialmente, ofereço esta pequena reflexão sobre a linguagem oral, mas tenho consciência que ela é muito mais abrangente que isso: o corpo fala, a escrita fala, os movimentos falam. E todo este conjunto enriquece nossa linguagem, nossa ferramenta de comunicação com o mundo.
Falar, é somente o início de um grande processo que é a linguagem. Esta, muito mais ampla do que somente "falar". 
Foi uma noite enriquecedora e muitos aprendizados virão com esta disciplina. Bastante animada com isso!

Um comentário:


  1. Maria! Inventar palavras? Que mimosa! Fiquei imaginando e lembrei logo da Emília. Ela também inventava palavras, lembras? Não vejo problemas nisso! Falar, comunicar e ser ouvido, compreendido e respeitado. Isso também é bem importante. Segue aí escrevendo Maria que estou por aqui te acompanhando. Abraço, Betynha (Tutora PEAD2UFRGS - SI VII)

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