E
um novo semestre começa com suas expectativas costumeiras e ansiedades
exacerbadas. Não sei mensurar se estamos em uma fase de muitas demandas, muitas
aulas presenciais, preparação para o estágio curricular, pensamentos sobre o
TCC...ou se estou com uma ansiedade acima do normal. Porque sei que estas
atividades todas se resolverão com o passar do semestre, que algumas madrugadas
eu não dormirei, que terei muitas leituras, que terei muitas dúvidas, etc.
Mesmo assim eu já sofro de um quadro de ansiedade que, por vezes, me bloqueia e
paralisa. Noutras vezes me torno uma pessoa extremamente crítica e chata,
reclamante e questionadora demais com o modo que o mundo funciona. E isso é
muito desgastante e frustrante.
É um período de impotência, mas também sei que não
posso ficar parada senão nada se resolve. Sei que este blog não é um espaço de
terapia pessoal, mas é um espaço de aprendizagens e espero aprender com tudo
isso. Rindo ou chorando, passarei por tudo isso.
Na aula presencial de ontem fomos convocadas para uma
atividade com o curta-metragem EscolasDemocráticas(animação produzida por Ellen Stein, parte do documentário "Democratic Schools" de Jan Gabbert ,2006).
Em uma breve análise, recortamos do filme os nosso pontos de vista sobre o modelo educacional que observamos, os pontos que encontramos em comum com nossa educação e as nossas críticas ao mesmo. Não é uma animação engraçada, é um retrato triste. Que nos faz pensar em como poderíamos ter escolas que oportunizassem vivências e aprendizados aos alunos sem este velho modelo de doutrinação e dominância que observamos.
Em
uma das cenas do filme uma aluna "derrama" o conteúdo de um livro
dentro de seu cérebro, simbolicamente colorido de azul que era a cor contida no
livro. Na cena seguinte os alunos estão em uma avaliação e a cor azul de seus
cérebros flui para o papel, para a avaliação, simbolizando que o
"conhecimento" era, na verdade, somente para a avaliação.
Assim já fizemos tantas vezes como alunos, assim fazemos tantas vezes como
professores. Não somos isentos de participar deste sistema, embora estejamos
com as críticas a ele na ponta da língua. Mas que não percamos a esperança e
energia de tentar fazer diferente todos os dias, nem que seja um pouquinho, pra
ver o sol nascer de um novo jeito nas nossas salas, nos olhos e olhares dos
nossos alunos e em nossas próprias vidas.
Maria? Sim, filme triste! Filme chato que nos leva a refletir e a saber o que não queremos. Que bom que colocas aqui para que mais pessoas possam refletir. Vamos acreditar, vamos sofrer menos e vamos seguir fazendo a nossa parte. Acredito sim que seja trabalho de "formiguinha" sempre em frente, firme e forte. Seguimos fazendo a nossa parte. Não desanima. O pouquinho que fazemos já repercute com aqueles que convivemos. Assim é a vida! Segue escrevendo Maria que estou por aqui te acompanhando. Abraço, Betynha (Tutora PEAD2UFRGS - SI VII)
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