Percebo que nesta nossa
construção pedagógica teórica, somada à nossa prática, podemos reavaliar os
conhecimentos e também nossas ações que são, por vezes, automáticas. Assim
relacionei o texto de Edgar Morin “As Cegueiras do Conhecimento: o erro e a
ilusão” à minha situação rotineira de sala de aula.
Quando vejo que um pensamento
teórico pode me oferecer subsídio para a melhoria, tento traze-lo junto a mim
no cotidiano escolar. Educar com afetividade e ter um olhar atento aos erros e
ilusões de nossas "certezas" são considerações bastante pertinentes.
E vejo que essa nossa desacomodação em repetir constantemente que a
"certeza é burra" (eu sempre repito isso), oferce a visão de
crescimento e mudança, e o inevitável aprendizado, de ambos os lados, do
educando e do educador.
A afetividade e a empatia como
fatores de conexão afrontando a racionalidade e a lógica perfeita. Nosso
trabalho não é fácil e altera nossas emoções, é verdade. Mas, como em qualquer
outra relação humano/humano muitas vezes o "colocar-se no lugar do
outro" acaba esquecido. Tentar ver as situações com os olhos dos alunos,
seus sentimentos e suas angústias para tentar uma conexão que permita a
construção que tanto procuramos: a aprendizagem. Certamente um dos nossos
maiores erros como educadores é o posicionamento distante dos alunos, talvez
até numa suposta relação de poder, para justificar nossa necessidade de
superioridade. Um exercício constante!
Nesta balança constante, que tentamos
dosar nossas atitudes em sala de aula, com a racionalidade e a afetividade para
proporcionar as construções que fazem da nossa prática, a diferença entre educar
para a vida e educar para cumprir grades curriculares.
REFERÊNCIA:
MORIN, Edgar et al. Os setes saberes necessários à
educação do futuro. Cortez Editora, 2014.