Certamente quando foi redigido, o texto Maquinaria Escolar (Julia Varela e Fernando Alvarez-Uria. Teoria e
Educação, n.6 p. 68-96, Porto Alegre, 1992) tinha o objetivo de ser provocador. E nos provoca, o tempo todo, a pensar e repensar a Escola, sua importância e seu futuro.
Vivemos agora, um pós-Modernismo que coloca em dúvida o que considerávamos sólido e consistente e repensamos a Escola e seu papel. Vimos no texto um teor pessimista (ou realista): um princípio que vai dialogando com as fontes primárias e secundárias sobre a história da escola.
A função da escola como modeladora, deixando todos "quietos, modestos e bem cristãos" que constituiu sua origem e história, não nos parece atualmente um modelo aceitável de Educação, tampouco aceitável de termos nos nossos dias. Vivemos, pelo contrário, dias em que a Escola sofre uma inversão de valores. Hoje, é o professor que luta por Educação e autonomia para seus alunos e para a Sociedade.
Essa Maquinaria, ou Engrenagem que lutamos tanto para fazer diferente é um modelo que não nos serve e estabelece uma relação de submissão, desrespeito e prisão entre os alunos e a Escola. A Escola que tinha objetivos bem estabelecidos de formar os filhos dos pobres e dos ricos diferentemente, no entanto, tem ainda este papel.
Refletindo, penso se a Escola tem este objetivo ou a Sociedade tem este como um fator necessário para manter seu equilíbrio. Temos a luta de classes como uma das principais tônicas do mundo atual. Diminuir as desigualdades sociais nunca foi um assunto tão debatido e refletido. A escola oferece as ferramentas, as oportunidades e os caminhos de emancipação e autonomia dos indivíduos. Mas as histórias dos alunos são bastante diferentes, e temos desenvolvimentos diferentes.Assim, mesmo que a Maquinaria tenha mudado bastante, bem como os formatos das Escolas, ainda temos as escolas dos ricos e dos pobres.Ainda temos os ricos chegando à Escola com muito mais vivências de cultura e lazer, oportunidades de contato com o conhecimento e cuidados parentais que fortalecem estes indivíduos diante dos demais que, praticamente, nada têm. Dessa forma, ainda formamos os "ricos" e os "pobres". A sociedade mudou, a Escola mudou pouco, mas os produtos da Escola ainda são bem parecidos aos dos tempos de sua criação.
Oiiii Maria,td? Favor editar tua postagem e colocar qual/ais a/as interdisciplina/as se referem esta postagem. Aguardo. Bjnhos
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