Pensamos em nossas salas de aula como espaços
democráticos, que nosso planejamento seja flexível para se adequar às
necessidades dos estudantes, organizamos planejamentos que contemplem as
necessidades reais e modos de desenvolve-las.
Aqui, de dentro da Faculdade de Pedagogia,
analisamos nossa prática e vemos, na teoria, que a organização do planejamento
é mais do que nossa própria organização. É a possibilidade de vislumbrar o
andamento lógico da construção dos objetivos que queremos atingir com os
alunos, avaliando as possibilidade de retomada, mudanças e adições de novos
fatores neste processo.
Na prática, em nossas salas de aula atuais,
reavaliamos nossa prática já usual e percebemos que nossos planejamentos
perpassam as questões teóricas relatadas neste texto. As questões subjetivas
dos alunos e seus desenvolvimentos são importantes
no desenvolvimento de nossos trabalhos.
Mudei o planejamento que tinha em uma turma
para tentar contemplar algumas necessidades bastante evidentes entre os
estudantes. Apresentam frequente manifestação de detrimento da própria imagem,
de suas habilidades cognitivas ou de suas posições sociais. Possuem desejo de
aprender e se manifestar diferentemente, mas retomam o comportamento negativo e
reiniciam o ciclo. Estão em pleno processo de autoconhecimento, avançam e
retrocedem.
Estou com os olhos e ouvidos atentos para esta
turma e procuro atender suas questões que são bastante peculiares. Ainda me
falta colocar em prática alguma atividade que organize-os e lhes mostre que
estes comportamentos são naturais, mas que já podem iniciar a autoavaliação de
suas falas e modificar estes comportamentos. Assim, contribuindo para sua
personalidade, sua autoestima e sua autoconfiança.
Estas questões não estão contempladas na minha
disciplina. Sou a professora de Ciências deles. Mas creio que eu possa intervir
positivamente nesta construção junto aos alunos.
Estou então vivenciando a reformulação, na
prática, do meu planejamento.
Há momentos que o conteúdo poderá ficar, em
alguns momentos, em segundo plano. Há momentos que os professores precisam sair
um pouco de suas caixas.
REFERÊNCIA:
MARTINS, Elizete Ferreira Parnaíba; DANTAS,
Maria de Lurdes Quaresma; PINHEIRO, Francimeire Leite. Autoconhecimento e
autoestima. Id on Line REVISTA DE PSICOLOGIA, v. 5, n. 15, p.
37-47, 2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário