EVOCADORES DE MEMÓRIAS E SUAS MEMÓRIAS
Experimentei a sensação de viver e ver minhas memórias através dos objetos evocadores de memórias trazidos pelas colegas na aula presencial. Por algumas vezes me vi nas memas memórias, nas mesmas situações e prioridades. Passei algum tempo antes da aula pensando em qual objeto levaria. Fui para a aula e não escolhi meu objeto. Tinha objetos que traziam lembranças felizes, outros nem tanto, mas tinha também minhas memórias.
Durante a aula e com o filme "Dona Cristina Perdeu a Memória", percebi que na minha infância e nas lembranças que me constituem as memórias mais afetivas são com minha bisavó. Foi estranho perceber e agora dizer isso. Somos encharcados, prevalentemente, de memórias que vivemos com nossos pais. Mas neste caso, relato com cosnciência e carinho o importante papel da Dona Marietta na minha vida. Atualmente, claro, tenho novas memórias e procuro construir memórias significativas com quem convivo. Mas tenho a presença constante de seus ensinamentos em meu cotidiano, como se ainda viva estivesse.
Dona Cristina queria preservar suas memórias e preservou todas, que a circundavam, giravam em torno dela. Somos todos assim, nos cercamos destes evocadores que significam e constituem nossa personalidade. Algumas memórias são revisitadas através de objetos, outras nos rodeiam a mente permanentemente. Algumas são tão importantes que não carecem de objetos para estar sempre conosco. Fazem parte de quem somos. Somos, simplesmente.
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